Blog AsterPlas

Avanço do Plástico Verde no Brasil e no Mundo

Plástico Verde
Avanço do Plástico Verde no Brasil e no Mundo

O que é “plástico verde” e por que ele importa

O termo plástico verde costuma englobar duas grandes frentes: os bioplásticos de fonte renovável (bio-based), como o PE de etanol de cana-de-açúcar e o PLA de açúcar ou milho, e os bioplásticos biodegradáveis/compostáveis, como PLA, PHA e composições PBAT+PLA. Em comum, eles buscam reduzir a pegada de carbono, desacoplar a produção do petróleo e, em alguns casos, habilitar rotas de reciclagem ou compostagem. Nem todo plástico de fonte renovável é biodegradável, e nem todo biodegradável é de fonte renovável — distinções essenciais para embalar sem greenwashing.

Globalmente, a capacidade de produção de plásticos de base biológica vem crescendo, mas ainda representa parcela pequena do total de plásticos. Estimativas recentes indicam ~2 milhões de toneladas/ano de capacidade global em 2023, menos de 1% do mercado total de plásticos — sinal de que há espaço enorme para expansão, sobretudo em embalagens. eea.europa.eu

O Brasil tem protagonismo particular graças à cana-de-açúcar e à rota etanol→etileno→polietileno (PE) “drop-in”, que mantém a mesma performance e reciclabilidade do PE fóssil, mas com captura líquida de CO₂ “do berço ao portão”. O país também acompanha o avanço de biopolímeros compostáveis (PLA, PHA e blends), que ganham espaço em sacos de alimentos, sacolas para orgânicos e filmes flexíveis com novas propriedades. braskem.complastics-rubber.basf.com

Como estão os passos da transição: do fóssil ao renovável (e ao compostável)

A transição tem ocorrido em camadas, começando por aplicações em que a troca gera benefício ambiental mensurável sem perda de desempenho: filmes flexíveis, sacolas, rótulos, embalagens para frutas/verduras e itens de food service. A estratégia mais comum é substituir resinas fósseis por equivalentes de base renovável (ex.: PE de etanol), preservando processos e cadeia de reciclagem; em paralelo, usar compostáveis onde a gestão de resíduos orgânicos (coleta/compostagem) existe ou está em implantação. braskem.comecovio.basf.comnovamont.com

No Brasil, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e o Decreto 10.936/2022 reforçam instrumentos como responsabilidade compartilhada e logística reversa, estimulando escolhas de design que facilitem reciclagem e, quando aplicável, compostagem. Isso direciona marcas a adotar monomateriais recicláveis ou compostáveis certificados conforme o fluxo de destinação previsto. Serviços e Informações do BrasilPlanalto

Também cresce a exigência por normalização e rotulagem correta: no Brasil, as ABNT NBR 15448-1 e 15448-2 definem terminologia, requisitos e métodos de ensaio para embalagens plásticas biodegradáveis/compostáveis, em alinhamento com EN 13432 (Europa) e ASTM D6400 (EUA). Em projetos de embalagem, isso se traduz em testes de biodegradação, desintegração e qualidade do composto — e em documentação técnica auditável. Normassimpesc.org.brabicom.org.br

Números de consumo e produção no Brasil: onde estamos agora

Relatórios de mercado apontam o Brasil como um polo em expansão. Estimativas recentes situam o mercado brasileiro de bioplásticos entre US$ 383 milhões em 2022 e US$ ~481 milhões em 2024, com projeções para >US$ 1,6–2,1 bilhões até 2030–2032 (CAGR de dois dígitos), refletindo tanto o crescimento em PE verde quanto PLA, PHA e blends compostáveis. Embora studies comerciais variem, a trajetória é inequívoca: crescimento acelerado. Grand View ResearchVerified Market Research

Em produção, o destaque é a rota etanol→etileno→PE verde. A Braskem ampliou a capacidade de etileno verde para ~275 mil t/ano, operando acima do projeto inicial de 2010, e tem meta pública de 1 milhão t/ano de bioplásticos até 2030. O complexo de Triunfo (RS) abriga ~260 mil t/ano de etileno de etanol integrado a linhas de PE; após enchentes em 2024, a empresa reportou retomada gradual das operações. braskem.comBraskemThe Wall Street Journal

Nos compostáveis, o Brasil se beneficia de fornecimento global (PLA da Tailândia/China/EUA-Europa, PBAT europeus, PHA nos EUA) e de distribuidores locais. Mundialmente, embalagem segue como o maior segmento dos bioplásticos, com cerca de 45% de participação (≈1,12 Mt em 2024); parte desse volume chega ao mercado brasileiro por importação, integrando soluções flexíveis e semirrígidas. European Bioplastics e.V.

Como a evolução do plástico verde melhora o impacto ambiental

A rota do PE de cana oferece um ganho imediato: cada tonelada de PE verde pode representar até ~2,1 t de CO₂ “capturadas” ao longo do ciclo da cana, considerando do berço ao portão (“cradle-to-gate”). Esse balanço negativo reduz a pegada de carbono de embalagens sem alterar reciclabilidade (é PE em estrutura molecular idêntica) — ideal para marcas que já investiram em cadeias de coleta/reciclagem. braskem.comfkur.com

Já os compostáveis (PLA, PHA, PBAT+PLA) se destacam quando há gestão de resíduos orgânicos: por exemplo, sacos de coleta de orgânicos aumentam a adesão à separação, reduzem contaminação e viabilizam compostagem com retorno de nutrientes ao solo. Normas como ABNT NBR 15448-2 garantem que a biodegradação e a desintegração ocorram em prazos e condições especificadas, sem toxicidade, gerando composto de qualidade. plastics-rubber.basf.comNormas

É fundamental casar material com destino: quando há reciclagem mecânica bem estabelecida, plásticos “drop-in” de fonte renovável (PE verde) maximizam benefícios; onde existe (ou será implantada) infra de compostagem, compostáveis certificados entregam impacto positivo, especialmente em itens contaminados com restos de alimentos que não seriam reciclados. Essa visão ecossistêmica evita soluções fora de contexto e consolida resultados ambientais medidos. eea.europa.euServiços e Informações do Brasil

O que considerar para Embalagens Flexíveis (Sacos e filmes)

Para filmes, sacos e laminados, observe quatro dimensões: (1) desempenho técnico, (2) fim de vida, (3) conformidade normativa e (4) viabilidade de cadeia. Em desempenho, busque selagem, barreira, transparência, resistência e processabilidade comparáveis às resinas fósseis. Em fim de vida, defina se o projeto é reciclável (ex.: PE/PE monomaterial com PE verde) ou compostável (ex.: PLA, PHA, PBAT+PLA) — e planeje a destinação com municípios e operadores de resíduos. plastics-rubber.basf.comecovio.basf.com

Na conformidade, especifique e exija certificações: para compostáveis, ABNT NBR 15448-2, EN 13432 e ASTM D6400; para recicláveis, provas de compatibilidade com o fluxo (p.ex., estruturas monomateriais PE/PE ou PP/PP). Em laminados de barreira, avalie soluções compostáveis de alta barreira já em uso internacional, inclusive papel+barreira biobaseada e filmes coextrudados que ampliam shelf life mantendo compostabilidade. novamont.com

Na viabilidade, alinhe com a sua indústria gráfica e conversora: disponibilidade local de resinas (PE verde, PLA, PBAT, PHA), tintas e adesivos compatíveis, e multi-rotas (impressão, laminação, corte e solda). Tendências como monomateriais de PE (com fração de PE verde) e blends compostáveis para VFFS/HFFS vêm ganhando maturidade e escala, inclusive com dados técnicos e manuais de processamento de fornecedores globais. plastics-rubber.basf.comAmazon S3

Novas tecnologias que já estão chegando ao chão de fábrica

PE verde “drop-in”: o etanol de cana convertido a etileno e polimerizado em PE quimicamente idêntico ao PE fóssil — portanto, reciclável no mesmo fluxo. Atualizações de capacidade têm melhorado a oferta e a pegada de carbono, com a rota relatando captura ~2 t CO₂/t de biopolímero. braskem.com+1

PLA de próxima geração: projetos de expansão na Ásia (Tailândia) consolidam capacidade de 75 mil t/ano por planta (NatureWorks; TotalEnergies Corbion/Luminy), com avanços em LCA, graus de alta resistência térmica e uso de energia renovável na produção. Isso amplia o uso de PLA em flexíveis, cápsulas, não tecidos e termoformados. natureworksllc.comtotalenergies-corbion.comTotalEnergies Singapore

PHA (ex.: Nodax®): poliésteres produzidos por fermentação que entregam biodegradação sob ampla gama de condições e combinam com PLA/PBAT para filmes mais dúcteis. Apesar de oscilações empresariais e de capacidade recentes, o know-how e ativos industriais seguem em evolução, e parcerias têm mantido a rota viva para aplicações específicas. greenchemicalsblog.comBondoro

Blends compostáveis PBAT+PLA (ex.: ecovio®): compostáveis certificados para filmes, bandejas revestidas e injeção, com boas propriedades mecânicas e de selagem. São amplamente usados em sacos para orgânicos, sacolas de hortifrúti e revestimentos de papel. plastics-rubber.basf.com+1

Estruturas de alta barreira compostáveis: já existem cases com laminados de papel + filme de barreira biobaseado e coex compostáveis para chocolates, snacks e MAP (atmosfera modificada) de carnes, demonstrando shelf life competitivo. novamont.com

Empresas, insumos e matérias-primas do plástico verde

Braskem – PE verde “I’m green™”: etanol de cana brasileiro convertido em etileno verde e polimerizado em PEAD/PEBD/PEBDL de base renovável. A operação em Triunfo/RS é referência global e vem de expansões recentes; a empresa projeta 1 Mt/ano de bioplásticos até 2030. braskem.comBraskem

TotalEnergies Corbion – Luminy® PLA (Tailândia): planta de 75 mil t/ano em Rayong, com estudos de pegada ambiental atualizados e iniciativas de energia renovável; insumo primário: açúcares para fermentação em ácido lático/lactídeo. totalenergies-corbion.comTotalEnergies Singapore

NatureWorks – Ingeo™ PLA (Tailândia/EUA): construção de nova planta integrada na Tailândia (75 mil t/ano) para 2025, somando-se à capacidade existente global; insumos: açúcares/amidos. natureworksllc.com

BASF – ecovio® (PBAT+PLA): compostável certificado com conteúdo biobaseado variável; aplicações em filmes, bandejas e injeção; insumos: PBAT, PLA e aditivos. plastics-rubber.basf.com

Novamont – Mater-Bi®: família de bioplásticos biodegradáveis e compostáveis à base de amidos/óleos vegetais e copolímeros proprietários, com histórico em sacolas para orgânicos e varejo e projetos de coleta porta a porta (ex.: Milão). novamont.comPlant Based Products Council

Danimer Scientific – PHA (Nodax®): rota fermentativa a partir de açúcares/óleos; apesar de reestruturações em 2025, os ativos e a tecnologia permanecem como referência em PHA. greenchemicalsblog.com

Como encontrar um fornecedor de Sacos Plásticos com novas tecnologias

  1. Defina o “fim de vida” alvo: reciclagem (ex.: sacos 100% PE com fração de PE verde) ou compostagem (ex.: sacos compostáveis certificados para orgânicos). Essa decisão direciona resina, blend e certificação. plastics-rubber.basf.comNormas
  2. Exija certificações e fichas técnicas: para compostáveis, peça laudos alinhados a ABNT NBR 15448-2 / EN 13432 / ASTM D6400 e declaração de conformidade de contato com alimentos, quando aplicável. Para recicláveis, confirme compatibilidade com o fluxo (ex.: PE/PE). Normas
  3. Verifique a rastreabilidade do conteúdo renovável: para PE verde, solicite mass balance ou conteúdo biobaseado declarado (com %), além de garantias de origem do etanol (cana-de-açúcar). Braskem
  4. Teste no seu processo: sacos VFFS/HFFS, solda térmica, resistência à perfuração e espessura precisam de amostras em linha. Blends PBAT+PLA (ecovio®, Mater-Bi®) e PLA puro têm janelas de selagem diferentes de PE/PP — ajuste de temperatura e tempo é parte do sucesso. plastics-rubber.basf.comAmazon S3
  5. Considere logística reversa/compostagem com parceiros locais: alinhe a compra dos sacos com operadores de coleta de orgânicos e pátios de compostagem. Varejistas europeus e cidades como Milão mostram que a sacola compostável é um vetor de adesão à coleta de biorresíduos — inspire-se e adapte ao seu município. Plant Based Products Council

Por que contar com a AsterPlas na hora de fazer as suas embalagens

A AsterPlas atua como hub técnico-comercial para transformar metas ESG em embalagens viáveis. Isso significa selecionar a resina certa para o seu fim de vida (PE verde reciclável, compostáveis certificados, ou monomateriais de alta reciclabilidade), ajustar a engenharia da embalagem (espessura, selagem, resistência), e documentar conformidades (fichas técnicas, laudos de compostagem ou de contato com alimentos).

Nossa equipe domina flexíveis para VFFS/HFFS, sacos industriais e varejo, revestimentos de papel, rótulos e sleeves, e trabalha com conversores qualificados para garantir qualidade reprodutível em escala. Unimos dados de LCA e rotas de destinação ao custo total de propriedade da embalagem — e criamos roadmaps de transição por família de SKU, reduzindo risco e acelerando o “time-to-shelf”.

Com a AsterPlas, você recebe suporte ponta a ponta: prototipagem, testes em linha, validação de desempenho, planejamento de logística reversa/compostagem com parceiros, e comunicação transparente no rótulo (evitando greenwashing). O resultado é embalagem sustentável que performa — e que o consumidor entende.

Casos e aplicações: onde o plástico verde já brilha

Sacos de coleta de orgânicos (compostáveis certificados) elevam taxas de separação e reduzem contaminação, melhorando a qualidade do composto. Cidades europeias e grandes varejistas já normalizaram essas soluções, com blends PBAT+PLA ou Mater-Bi® em sacolas e sacos para orgânicos. plastics-rubber.basf.comnovamont.com

Filmes e laminados compostáveis de alta barreira começam a embalar snacks, chocolates e carnes em MAP, mantendo shelf life comparável ao fóssil. Essas soluções viabilizam destinação orgânica de embalagens inevitavelmente contaminadas com resíduos alimentares, reduzindo envio a aterros. novamont.com

Monomateriais PE com fração verde (PE/PE) permitem reciclabilidade na cadeia convencional com redução de pegada. Como o PE verde é “drop-in”, rótulos, zíperes e válvulas também podem evoluir para soluções compatíveis com o mesmo fluxo — abrindo espaço para embalagens flexíveis inteiras recicláveis com parte renovável. braskem.com

Embalagens para Ponto de Venda (PDV): exemplos e curiosidades

No PDV, o apelo visual e a informação clara sobre sustentabilidade aumentam taxa de conversão. Embalagens de PE verde podem trazer selo de conteúdo renovável sem mudar aparência/feel do PE convencional, enquanto compostáveis carregam simbologia de compostagem e orientações de descarte — quando há coleta apropriada. QR codes vêm sendo usados para explicar o fim de vida ao consumidor em poucos segundos.

Displays e kits promocionais em papel+revestimento compostável estão surgindo para food service e mercearia, substituindo filmes fósseis de difícil reciclagem. Outra curiosidade é a adoção de sacos “dual use”: primeiro como sacola de compras, depois saco de orgânicos para coleta — prática comum na Europa que pode ser replicada em programas municipais no Brasil. cdn.ymaws.com

Em e-grocery e last-mile, varejistas testam sacos de entrega biobaseados (ex.: Mater-Bi®) para melhorar resistência à umidade e reduzir uso de plásticos fósseis. Em paralelo, cresce o uso de PLA em janelas transparentes de embalagens de bakery e hortifrúti, substituindo filmes fósseis sem perder transparência e rigidez. EU About Amazon

Check-list prático para seu projeto com plástico verde

  • Objetivo ESG: reduzir CO₂ (PE verde/PLA) ou desviar resíduos orgânicos de aterros (compostáveis). Mapeie indicadores mensuráveis. braskem.com
  • Fim de vida: reciclagem (monomaterial PE/PE com fração verde) ou compostagem (ABNT NBR 15448-2). Evite híbridos confusos. Normas
  • Conformidade: peça laudos e certificações; padronize claims no rótulo. Normas
  • Supply: confirme disponibilidade de resinas (PE verde, PLA, PBAT, PHA) e adesivos/tintas compatíveis. plastics-rubber.basf.com
  • Pilotos: rode amostras em linha (selagem, velocidade, solda) e teste de vida de prateleira quando for o caso. Amazon S3
  • Parcerias: crie ponte com operadores municipais para logística reversa ou compostagem — condição para realizar o benefício ambiental proposto. Serviços e Informações do Brasil

Perguntas frequentes

PE verde é reciclável junto ao PE comum? Sim. É quimicamente idêntico (drop-in) e entra no mesmo fluxo de reciclagem mecânica; o ganho está na pegada de carbono reduzida. braskem.com

Compostável é sempre melhor? Não. Ele é melhor quando existe coleta/compostagem e quando a embalagem será contaminada por orgânicos. Sem infraestrutura, prefira recicláveis com conteúdo renovável. Serviços e Informações do Brasil

Existe norma brasileira para rotular compostáveis? Sim: ABNT NBR 15448-2 (requisitos e métodos). Combine com EN 13432 e ASTM D6400 para acesso a outros mercados. Normas

Conclusão: o caminho da maturidade — e como avançar agora

O plástico verde deixou de ser nicho: capacidades globais crescem, o Brasil lidera em PE de cana e aplicações compostáveis se expandem. Para capturar esse valor, conecte material ao destino, certifique suas escolhas e prepare o PDV para comunicar com clareza. No curto prazo, monomateriais PE com fração verde e sacos compostáveis certificados para orgânicos são vitórias rápidas com comprovação técnica. No médio prazo, laminados compostáveis de alta barreira e rota PHA ampliarão o leque de produtos com menor impacto.

Se você quer sair do planejamento e ir para a prateleira, conte com a AsterPlas para fazer essa transição com segurança, desempenho e comprovação ambiental — do briefing ao PDV.

Referências citadas (seleção)

Confira também no Blog AsterPlas

Baixar catálogo AsterPlas

Desde 1999 no mercado de embalagens plásticas flexíveis.

AsterPlas
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.